quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jornalismo Internacional

 Editora Contexto - 2004

O Livro “Jornalismo internacional”, de João Batista Natali jornalista da Folha de São Paulo e profissional qualificado na editoria Inter, busca familiarizar o leitor com o universo do jornalismo internacional. Com capítulos curtos e sucintos as montagens históricas dos fatos abordados na obra possibilitam enxergar dados e conhecer informações até então desconhecidas.
A primeira delas é uma análise feita logo no início do livro onde relata como é selecionado e qual determinado espaço uma notícia ligada a outros países deve ter na editoria. Em relação à prioridade e se é factual ou não.

Assim como em outras editorias o caderno de Internacionais também tem algumas limitações como censura, por exemplo, desde o século XVII em Paris como citado pelo autor até os termos inovadores trazidos pela Suécia como justiça social e a liberdade de expressão. O escritor deixa explicita a dificuldade em classificar profissionais exclusivos da área e controlar esse número por uma série de fatores, como custo financeiro, regimes e culturas de outras nações e até mesmo a facilidade que as Agencias de noticias proporcionaram com o avanço tecnológico. Onde de certo modo o profissional deixa de ter uma particularidade e diferenciação especifica.

Existe uma conclusão clara no livro, “O Jornalismo nasceu internacional” o circular de informações e a troca de benefícios que a comunicação proporciona mostram que realmente o jornalismo tem a necessidade de gerar informação ao máximo de pessoas e a públicos abrangentes. Independente da mídia abordada, tanto no rádio como citado no inicio do livro, quanto posteriormente na Televisão, no impresso, e até os tempos atuais com a globalização e internet.

No livro é abordado também o Jornalismo Internacional em um contexto nacional, em 1808 com a chegada da corte Real Portuguesa e as edições do Correio Brasiliense e dos pasquins que possuíam conteúdos diferentes e fora dos padrões usados hoje, na época era comum tomar partidos e defender posições, denegrir imagens publicas e lançar polemicas.
Provavelmente existiam pautas e assuntos que são compatíveis ao jornalismo sério, porém a população não contestava essa situação, até por que o transporte tipicamente usado na época era as navegações. Os questionamentos só foram levantados após 1822 e o período de transição da maior idade de D. Pedro II. O idioma freqüente era o Frances e a travessia do Atlântico era demorada e com duração incerta.

Relacionando o momento histórico do século XIX, João diz que esse período foi influente “Para historia econômica e para o jornalismo internacional foi um celeiro de riquíssimas e inovadoras experiências” e relaciona que a notícia que era avaliada pelo Burguês como importante era fundamental para o crescimento de seus negócios e interesses. Não só como entretenimento era uma ferramenta que capacitava a sua inserção na economia.

As evoluções tecnológicas estão relatadas em várias partes do conteúdo, quando cita a impressora a vapor inventada pelos Ingleses em 1814, que substituiu os aparelhos de madeira que eram utilizados para impressão de livros e aproveitados também para os jornais. Quando relaciona o habito de escrever na maquina mecânica que foi substituída pela elétrica e até mesmo com os meios de transporte, pois antes as viagens que eram feitas de bonde, passaram a ser feitas de carro.

Nos anos 60, com a era dos satélites de telecomunicações e a Transmissão da chegada do homem à Lua, a radiofoto onde antes as fotos eram enviadas por malotes (com entrega demorada) passaram a ter circulação mundial.

As notícias em circulação mundial proporcionaram ao longo do tempo repercussões de modo concorrido na mídia internacional, como o caso de Monica Lewinsky, que teve enorme proporção devido ao escândalo e envolvimento do ex presidente dos EUA Bill Clinton. De acordo com o próprio livro que cita de forma até cômica: “E o pobre do Papa ganhou espaço no noticiário do telejornalismo dos Estados Unidos porque a pauta que funcionária como filé mignon do noticiário era bem menos católica ou cristã. Tratava-se, obviamente, do escândalo sexual”.

Após deixar nítido a relação e a importância do Jornalismo Internacional, o autor fala sobre a paixão de trabalhar na editoria e se rotula como “curioso” engajado em temas mundiais. 

Mirtes Lima, elaborado para atividade – 2010

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